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A basílica de Santa Sofia, a grande construção do Império Bizantino

Artigos > Idade Média  |  5,9 mil visualizações  |  695 palavras  |  0 comentário(s)

Capa do artigo: A basílica de Santa Sofia, a grande construção do Império Bizantino

Uma visão da basílica na atualidade. Os minaretes (as quatro colunas gigantescas ao redor da basílica) são adições posteriores feitas pelos muçulmanos.

A basílica de Santa Sofia (no original Hagia Sophia, literalmente "Santa Sabedoria") em Constantinopla, agora Istambul, foi primeiramente construída em 360 pelo imperador Constâncio II, filho do fundador da cidade, o imperador Constantino. Santa Sofia serviu como cathedra, ou sede do bispo, da cidade. Originalmente chamada Megale Ekklesia (Grande Igreja), o nome Santa Sofia entrou em uso por volta de 430.

A primeira estrutura da igreja foi destruída durante os distúrbios em 404; a segunda igreja, construída e dedicada em 415 pelo imperador Teodósio II, incendiou-se durante a revolta de Nika em 532, que causou grande destruição e morte por toda a cidade.

Imediatamente após os distúrbios, o Imperador Justiniano I (r. 527–65) ordenou a reconstrução da igreja. O novo edifício foi inaugurado em 27 de dezembro de 537. Os arquitetos Antêmio de Trales e Isidoro de Mileto provavelmente foram influenciados pelas teorias matemáticas de Arquimedes (ca. 287-212 a.C.).

O Imperador Justiniano retratado em um mosaico na Basílica de São Vital em Ravena, Itália.

A vasto e arejada basílica central, com seu sistema tecnicamente complexo de abóbadas e semi-cúpulas, culmina em uma cúpula central alta, com um diâmetro de mais de 31 metros e uma altura de 48,5 metros. Essa cúpula central era frequentemente vista pelos comentaristas da época como a cúpula do próprio céu. O seu peso é suportado por quatro grandes arcos, que repousam sobre uma série de tímpanos e semi-domos, que por sua vez repousam em semi-domos e arcadas menores.

Interior da basílica. Veja como uma série de arcos e semi-domos sustenta a abóboda do prédio.

Este complicado sistema estrutural estava propenso a problemas: a primeira cúpula desabou em 558, para ser reconstruída em 562 em uma altura maior. Terremotos e assentamento da terra também afetaram o edifício ao longo dos séculos, embora a estrutura principal sobrevivente seja essencialmente a que foi construída entre 532 e 537.

A basílica de Santa Sofia (sem os minaretes muçulmanos).

O interior de Santa Sofia foi revestido com mármores coloridos caros e incrustações de pedras ornamentais. Colunas de mármore decorativo foram retiradas de edifícios antigos e reutilizadas para apoiar as arcadas interiores. Inicialmente, a parte superior do edifício era minimamente decorada em ouro, com uma enorme cruz em um medalhão no cume da cúpula. Após o período da Iconoclastia (726-843), novos mosaicos figurativos foram adicionados, alguns dos quais sobreviveram até os dias atuais.

Conhecido como Vestibule Mosaic, esse mosaico presente sobre a porta sul da basílica, data do século 10 e retrata os imperador Constantino e Justiniano, o primeiro apresentando a cidade e o segundo a basílica. Ao centro a Virgem Maria segura o seu filho Jesus.

Após a conquista da cidade por Maomé II, em 1453, Santa Sofia foi convertida em uma mesquita (Ayasofya Camii), permanecendo assim até a queda do império otomano no início do século 20. Uma vista de Santa Sofia durante a conquista é transmitida em uma xilogravura por Pieter Coecke van Aelst, representando a procissão de Solimão, o Magnífico pelo Hipódromo.

Xilogravura de 1553 mostra a procissão do sultão Solimão pela cidade de Constantinopla. Ao fundo no lado superior esquerdo, é visível a basílica de Santa Sofia. MET. N°  28.85.7a, b

Durante esse período, minaretes foram construídos em torno do perímetro do edifício, ícones de mosaicos cristãos foram cobertos com cal, e contrafortes externos foram adicionados para apoio estrutural. Em 1934, o governo turco secularizou o edifício, convertendo-o em museu, e os mosaicos originais foram restaurados.

Os quatro minaretes que cercam a basílica têm 60 metros de altura e são adições feitas após a conquista muçulmana. São construções típicas das mesquistas, e são usadas para anunciar as cinco chamadas diárias à oração.Os contrafortes externos, típicos das catedrais medievais, também foram adições do período muçulmano.


Santa Sofia novamente como mesquita?

Há algumas semanas atrás, foi notícia na imprensa internacional uma decisão do governo turco de transformar Santa Sofia novamente em uma mesquita. Essa atitude foi vista como uma provocação por muitos países do ocidente. Segundo o site UOL:

Vários países, principalmente a Rússia e a Grécia, que seguem de perto o destino da herança bizantina na Turquia, assim como os Estados Unidos e a França, alertaram Ancara contra a transformação da Santa Sofia em um local de culto muçulmano. Desde 2005, diversas associações recorriam aos tribunais para exigir um retorno ao status de mesquita.

Lei a notícia completa nesse link.

Tradução de texto escrito por Emma Wegner
Outubro de 2004

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Foto de membro da equipe do site: Moacir Führ

Postado por

Moacir Führ

Moacir tem 36 anos e nasceu em Porto Alegre/RS. É graduado em História pela ULBRA (2008-12) e é o criador e mantenedor do site Apaixonados por História desde 2018.



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Fontes bibiliográficas:

Evans, Helen C., ed. Byzantium: Faith and Power (1261–1557). Exhibition catalogue. New York: Metropolitan Museum of Art, 2004. See on MetPublications
Krautheimer, Richard. Early Christian and Byzantine Architecture. 4th ed. Harmondsworth: Penguin, 1986.
Ousterhout, Robert. Master Builders of Byzantium. Princeton: Princeton University Press, 1999.
Rodley, Lyn. Byzantine Art and Architecture: An Introduction. Cambridge: Cambridge University Press, 1994.

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