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Autor: Padre Perereca
Coleção: Edições do Senado Federal
Páginas: 564
Editora: Senado Federal
Primeira publicação: 1825
Ano da edição: 2013
Idioma: Português
Luiz Gonçalves dos Santos é um daqueles homens que não apenas vivenciaram a História, mas também a registrou para que as gerações futuras pudessem ter o depoimento de uma testemunha dos fatos. O Padre Perereca, apelido do autor por sua aparência física, baixo, gordo e de olhos esbugalhados, foi palaciano na Corte de D. João VI. Aqui, o leitor encontrará comentários sobre logradouros, personalidades, atos de governo e descrição física e humana da cidade do Rio de Janeiro. Latu sensu, este livro é um ensaio de sociologia, etnografia e história do Brasil. Escrito de forma elegante e amena, em 1821, o leitor é envolvido pela prosa do religioso e acompanhará sua descrição da Corte e do Brasil desde a chegada de D. João VI até 1815. Filho de português com brasileira, Luís Gonçalves dos Santos estudou filosofia no convento de Santo Antônio e mais um ano de teologia. Logo depois, cursa três anos de Grego e traduz, com aplauso do seu mestre e admiração dos colegas, as orações de Esquinos e Demóstenes. Em 1809, torna-se professor de gramática latina, empossando-se a seguir no Senado da Câmara. Deixou vários trabalhos inéditos, principalmente sobre assuntos religiosos. Clérigo e historiador, a grande obra de Luís Gonçalves dos Santos é a que o leitor tem diante dos seus olhos: Memórias para servir à História do reino do Brasil, publicada em 1826. Falecido em 1844, o padre Perereca sempre lutou pela independência política do nosso país. Prova disso são os artigos no Revérbero, do cônego Januário da Cunha Barbosa, pugnando, no dizer de Noronha Santos, que assina o prefácio e as notas, “por franquias liberais em favor dos brasileiros”.
Luís Gonçalves dos Santos, (1767-1844), mais conhecido como Padre Perereca, foi um escritor, professor, cronista, tradutor, e cônego do Brasil Imperial. Sua obra mais importante se chama Memórias para Servir à História do Reino do Brasil. Reproduz um sentido de brasilidade, apesar do tom exageradamente louvador. Mesmo assim, foi acusado de ser partidário do absolutismo e ser contra a independência política. O livro é dividido em três épocas, da felicidade, da honra e da glória, em ordem temporal, de 1608 a 1821. Trata da chegada da Família Real, fato histórico do qual o Padre Perereca foi testemunha, e o governo de D. João VI. Há um detalhado relato da vida pública do Rio de Janeiro como a política, a parte administrativa, a vida eclesiástica, os assuntos militares e econômicos. Retrata também as solenidades, cerimônias, festas e costumes.
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