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Estátua representando um soldado hoplita, encontrada em Dodona. Século 6 a.C. Museu de Berlim.
À medida que os recursos econômicos das cidades-estado gregas e dos seus indivíduos aumentavam durante o século 8 a.C., exércitos de soldados foram formados dentro das cidades-estados mais ricas.
Conhecidos como hoplitas, esses soldados eram caracteristicamente equipados com cerca de 30 kg de armadura, a maioria das quais era feitas de bronze. A armadura completa típica incluía uma lança de 2,5 a 3 metros com ponta de ferro, e armadura de bronze com elmo, couraça (armadura de peito), grevas (caneleiras) e um grande escudo com cerca de 76 cm de diâmetro chamado "Aspis" ou "Hoplon".
O escudo de bronze pesado, que estava preso ao braço esquerdo e a mão por uma faixa de metal na borda interna, era a parte mais importante da armadura de um hoplita, já que era sua principal defesa.
Em quase todos os meios de arte da Ática do século 7 a.C., o hoplita e a guerra aparecem proeminentemente, pois o serviço militar era uma distinção primária de cidadania - uma marca de status e muitas vezes de riqueza, bem como um meio de alcançar a glória.
Além disso, as iniciativas tomadas durante a última parte do século 6 para padronizar os épicos homéricos em forma escrita fomentaram um interesse mais amplo pelos temas heróicos.
Em Atenas, o serviço militar era determinado pela posição social e econômica de um cidadão. No início do século 7 a.C., o arconte Sólon instituiu quatro classes definidas por renda e deu a cada classe uma medida proporcional de responsabilidade política e militar.
A segunda classe mais rica, os hippeis ("cavaleiros"), ganhavam o suficiente de suas terras para manter um cavalo e assim lutavam na cavalaria; o terceiro grupo mais rico, os zeugitai, eram capazes de comprar o equipamento de um hoplita; a classe mais rica, os pentakosiomedimnoi ("homens de quinhentos alqueires"), forneciam os líderes para as forças armadas; e a classe mais pobre, os thetes, eram trabalhadores contratados que serviam como remadores na frota ateniense, ou como arqueiros e infantaria leve em terra.
Apoiada por arqueiros e tropas leves, a falange hoplita permaneceu como a unidade de combate mais importante por séculos. Eles avançavam em formação próxima enquanto eram protegidos por seus escudos sobrepostos. Uma batalha bem-sucedida geralmente consistia em uma falange, centenas de homens de largura e oito ou mais guerreiros de profundidade, empurrando a falange de um inimigo até que um ou outro quebrasse a formação, expondo seus hoplitas ao perigo e à morte, forçando-os a fugir e deixar o campo de batalha para a cidade vencedora.
Tradução de texto escrito por Departamento de Arte Greco-Romana do MET
Outubro de 2000
Moacir tem 37 anos e nasceu em Porto Alegre/RS. É graduado em História pela ULBRA (2008-12) e é o criador e mantenedor do site Apaixonados por História desde 2018.