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Autor: Jacques Le Goff
Título original: Faut-il vraiment découper l'histoire en tranches?
Páginas: 152
Editora: Unesp
Primeira publicação: 2014
Ano da edição: 2015
Idioma: Português
O leitor deve estar curioso sobre o que esperar do último livro escrito por Jacques Le Goff, falecido em 2014. A resposta mais simples seria “coerência”. Sem se desviar da visão historiográfica que marcou sua longa e prolífica carreira, especialmente como medievalista, o autor já planteia no título do livro a pergunta-mote de sua reflexão central nesta obra, a respeito da necessidade de se estabelecer “períodos”, “partes”, “pedaços” ou “fatias” da História para que seja possível identificar e tentar compreender as continuidades e rupturas que marcaram a trajetória da humanidade.
A posição de Le Goff a respeito do tema é amplamente conhecida. O cerne deste trabalho é seu percurso. Entre a pergunta que o capitaneia e as conclusões finais, o leitor se depara com um estudo sobre a “história da periodização da História”, ao mesmo tempo sintético, preciso e revelador de toda uma visão historiográfica.
Sem abandonar os temas que há tantas décadas lhe são caros, o autor posiciona no centro do estudo a interessante reflexão sobre os limites fugidios entre o que se convenciona chamar de Idade Média e o que se classifica como Renascimento, e a pretensa novidade deste último em relação ao período que o precede. A partir desse núcleo temático, amplia a envergadura do ensaio, debruçando-se sobre a própria periodização da História e sobre a sua importância para o trabalho historiográfico.
Jacques Le Goff (1924-2014) foi um historiador francês especialista em Idade Média. Autor de dezenas de livros e trabalhos, era membro da terceira geração da Escola dos Annales e dedicou ao estudo da antropologia histórica do ocidente medieval.
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