Autor: Celso Furtado
Coleção: Grandes nomes do pensamento brasileiro
Páginas: 276
Editora: Publifolha
Primeira publicação: 1959
Ano da edição: 2000
Idioma: Português
A tese de doutoramento sobre a economia colonial, defendida na Sorbonne em 1948, e o primeiro ensaio sobre a economia brasileira contemporânea, escrito no ano seguinte, são o ponto de partida do livro mais conhecido de Celso Furtado, publicado em 1959: Formação Econômica do Brasil. Quando o escreveu, na Inglaterra, Furtado imaginava explicar o Brasil para os estrangeiros. Acabou explicando para os brasileiros. Formação Econômica do Brasil se tornou um marco na historiografia econômica brasileira.
Formação Econômica do Brasil apóia-se numa visão derivada tanto da história como da economia. A combinação do método histórico com a análise econômica era, na época, uma novidade. Pela primeira vez, alguém no Brasil fazia historiografia econômica tendo uma sólida formação de economista. O texto se inicia com a análise da ocupação do território brasileiro, comparada também com as colônias do hemisfério norte e das Antilhas. Seguem-se os ciclos do açúcar, da pecuária, do ouro, a ascensão da economia cafeeira, e, no século 20, a crise da cafeicultura e a industrialização, cuja especificidade o autor trata com excepcional clareza.
Em paralelo aos cinco séculos de história econômica, Celso Furtado estuda a evolução da mão-de-obra no Brasil, desde a escravidão até o trabalho assalariado, o dos imigrantes europeus e dos migrantes internos. Na conclusão, aponta os dois desafios a serem enfrentados até o fim do século 20, que guardam plena atualidade: completar a industrialização do país e deter o processo das disparidades regionais.
Celso Monteiro Furtado (1920-2004) foi um economista brasileiro e um dos mais destacados intelectuais do país ao longo do século XX. Suas ideias sobre o desenvolvimento econômico e o subdesenvolvimento enfatizavam o papel do Estado na economia.
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