Paulo Cavalcanti (1915-1995) foi político, promotor público, jornalista e memorialista brasileiro. Ingressou na Faculdade de Direito do Recife em 1937, em uma época de grande agitação política na cidade, com grupos de estudantes que optavam por posições esquerdistas e outros pelos integralistas. Paulo Cavalcanti aderiu ao Partido Comunista Brasileiro e engajou-se na política contra o Estado Novo. Em 1941 concluiu o curso de Direito. Em 1943 assumiu o cargo de promotor público interino no município de Alagoa de Baixo, hoje Sertânia. Em 1946 foi aprovado em um concurso para promotor, no ano seguinte ingressou na Assembleia, quando houve eleições complementares para elevar o número de deputados. Nessa época, o registro do PCB havia sido cassado e ele se elegeu por sigla de outro partido. Na Câmara defendeu com afinco as linhas do PCB e combateu os anticomunistas. Em 1951, Paulo Cavalcanti foi reeleito deputado, nessa época defendeu os direitos de liberdade de opinião. Em 1959 publicou: “Eça de Queiroz, Agitador no Brasil”, que foi premiado pela Academia Pernambucana de Letras e pela Câmara Brasileira do Livro. Com o golpe militar de 1964 foi acusado de comunista, preso diversas vezes e teve sua aposentadoria forçada. Passou a advogar para os presos políticos. Em 1992 foi eleito vereador do Recife pelo PCB. Paulo Cavalcanti faleceu no Recife, Pernambuco, no dia 31 de maio de 1995.