Autor: Paulo Cavalcanti
Coleção: Brasiliana
Páginas: 367
Editora: Companhia Nacional
Primeira publicação: 1959
Ano da edição: 1959
Idioma: Português
Essa obra trata-se de um trabalho amplo de pesquisa sobre a influência que teve o romancista português Eça de Queiroz (1845-1900) nos movimentos que, no Recife e em Goiana, assinalaram, na segunda metade do século 19, os choques mais violentos entre portugueses e pernambucanos.
O livro do escritor Paulo Cavalcanti mostra, através de vasta documentação colhida, principalmente, em jornais da época, que as críticas feitas por Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão a propósito da visita do imperador D.Pedro II a Portugal, exacerbaram, na imprensa monarquista do Recife, sentimentos de revide que logo se traduziram no gosto polêmico em que fatalmente caíam as questões políticas.
Paulo Cavalcanti (1915-1995) foi político, promotor público, jornalista e memorialista brasileiro. Ingressou na Faculdade de Direito do Recife em 1937, em uma época de grande agitação política na cidade, com grupos de estudantes que optavam por posições esquerdistas e outros pelos integralistas. Paulo Cavalcanti aderiu ao Partido Comunista Brasileiro e engajou-se na política contra o Estado Novo. Em 1941 concluiu o curso de Direito. Em 1943 assumiu o cargo de promotor público interino no município de Alagoa de Baixo, hoje Sertânia. Em 1946 foi aprovado em um concurso para promotor, no ano seguinte ingressou na Assembleia, quando houve eleições complementares para elevar o número de deputados. Nessa época, o registro do PCB havia sido cassado e ele se elegeu por sigla de outro partido. Na Câmara defendeu com afinco as linhas do PCB e combateu os anticomunistas. Em 1951, Paulo Cavalcanti foi reeleito deputado, nessa época defendeu os direitos de liberdade de opinião. Em 1959 publicou: “Eça de Queiroz, Agitador no Brasil”, que foi premiado pela Academia Pernambucana de Letras e pela Câmara Brasileira do Livro. Com o golpe militar de 1964 foi acusado de comunista, preso diversas vezes e teve sua aposentadoria forçada. Passou a advogar para os presos políticos. Em 1992 foi eleito vereador do Recife pelo PCB. Paulo Cavalcanti faleceu no Recife, Pernambuco, no dia 31 de maio de 1995.
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