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Sir Henry Rider Haggard nasceu em Norfolk, Inglaterra, em 22 de junho de 1856. Seu pai, William, era advogado, e sua mãe, Ella, era escritora amadora. Enquanto seus irmãos estudaram em escolas públicas, Henry pôde freqüentar escola particular em Londres porque seu pai alimentava grandes expectativas sobre seu futuro. Com 19 anos, viajou para África do Sul onde conseguiu o cargo de secretário do governador de Natal, graças à recomendação de seu pai. Em 1878 ele se tornou oficial da Alta Corte de Transvaal. Ficou seis anos na África, fascinado pela paisagem natural, pela sociedade tribal e seu passado misterioso. Tal fascínio reflete-se no cenário de boa parte de sua obra. Seu primeiro e talvez o mais famoso romance, As minas do Rei Salomão, ambientado na África, foi publicado em 1885. Fez um sucesso tão estrondoso que Haggard pôde voltar para Norfolk para se dedicar à agricultura e à literatura.
Em 1887 publicou Ela e Allan Quatermain. Produziu muitos outros romances cujas ações se passavam nos lugares distantes ou exóticos para o público inglês, como Islândia, Constantinopla, México, o Egito Antigo e, naturalmente, a África. Seus romances fizeram tanto sucesso que sua fama de grande escritor popular permanece até hoje. Apesar dessa imagem popular, de romancista de aventura e ação, é curioso lembrar que o famoso psicanalista Carl Jung era um dos admiradores de sua obra. Ele se mostrava particularmente impressionado com o perfil psicológico de suas personagens, principalmente as femininas. Aliás, até Sigmund Freud, o pai da Psicanálise, chega a citar a personagem de Ela em sua obra clássica, Interpretação dos sonhos. Após uma tentativa fracassada de se tornar membro do Parlamento em 1894, continuou a se especializar em técnicas agrícolas, prestando notáveis serviços nessa área ao seu país.
Em 1904 publicou Cruzada (The Brethren), um romance sobre a grande tensão religiosa da época medieval. Em torno da famosa Batalha de Hattin (1187), ele desenvolve uma trama em que amor, religião e poder se entrecruzam em tensões, cuja essência permanece insolúvel até os dias de hoje. Nesse livro, sobressai o perfil do impressionante sultão Saladino, uma das personalidades mais instigantes da História. Haggard morreu em Londres em 14 de maio de 1925.