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Colonialismo e Missões Jesuíticas

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Capa do livro Colonialismo e Missões Jesuíticas, de Moacyr Flores
Informações técnicas

Autor: Moacyr Flores
Páginas: 160
Editora: ND/EST
Primeira publicação: 1983
Ano da edição: 1986
Idioma: Português

Sinopse

Examinaremos a história das missões jesuíticas como parte integrante do sistema espanhol, que utilizou os missionários para amansar os índios. Alguns historiadores, esquecendo as relações entre o Estado e a  Igreja no século 17, caracterizaram as missões do Paraguai como uma república teocrítica-comunista. Uns quantos consideraram as reduçáes como um Império Teocrático dos jesuítas no coração da América do Sul, tendo como objetivo preparar uma base territorial e exércitos para defender o papa na distante península itálica. Durante a moda do anti-clericalismo, que grassou no século passado, surgiram várias obras sobre as intenções imperialistas dos inacianos.

O ciclo das bandeiras no Guairá e no Tape insere-se no período de União das coroas ibéricas, quando os paulistas exploraram as rotas comerciais entre Assunção e São Paulo de Piratininga, em busca de peças para os engenhos do litoral da Bahia e Pemambuco, carentes de mão-de-obra escrava porque Angola estava em poder dos holandeses.

Destruídas as missões, situadas entre os rios Uruguai e Taquari, surgiu a Vacaria do Mar, onde o gado encontrando condições favoráveis desenvolveu-se em rebanhos chimarrões, alimentando as reduções da outra margem do Uruguai, até ser descoberta pelos habitante de Santa Fé, que viviam da extração do couro e do sebo. Depois os lusos da Colónia do Santíssimo Sacramento e do presídio de Rio Grande exploraram a Vacaria, tirando couro e sebo, levando gado em pé para Sorocaba.

A implantação da Colônia do Santíssimo Sacramento propiciou aos lusos o estabelecimento do comércio entre o Rio de Janeiro e a região platina. A colênia meridional serviu de cabeça de ponte para a ocupação de terras sulinas, provocando a discussão de novos tratados que culminaram com a ocupação de novas áreas geográficas pelos portugueses, em detrirnento da Espanha. Assim os lusos ocuparam o litoral, os chamados campos de Viamão a partir de 1730, desceram pelo albardão entre a lagura dos Patos e o Atlântico, povoaram S. Pedro do Rio Grande até o Chuí, em 1737. A partir de 1752, receberam sesmarias na margem esquerda do Jacuí, desde o Guaíba até o rio Pardo. Depois atravessaram o Jacuí, conquistando as terras até Camaquã, conquista reconhecida pela Espanha em 1777. Em 1801 a região missioneira passou aos lusitanos definitivamente e só em 1828 é que o território entre o rio lbicuí e o Quaraí pertenceu ao Brasil. O Rio Grande do Sul formou-se pela conquista de uma parcela do território da província do Paraguai, que fazia parte da administração espanhola. justificando-se portanto o estudo das missões jesuíticas pelos brasileiros.

A figura histórica de Sepé Tiaraju incorporou-se ao folclore brasileiro, transfigurada pelo mito e pela lenda, ocasionando polêmicas entre historiadores e tradicionalistas que se esquecem de estabelecer as dimensões entre o fato histórico e o foclórico.

A expulsão dos jesuítas é o último elo partido de uma longa corrente de fatos, intrigas, atitudes, interesses das metrópoles ibéricas e de seus colonos, assinalando o fim de um sistema sui generis, pois o governo militar não soube administrar as reduções, facilitando a escravização do índio e a dilapidação de seus bens.

As imagens e a arquitetura das missões estão sendo destruídas pelo tempo, cupins e colecionadores de artes. O museu precário de S. Miguel não dispõe de segurança e nem de meios para a guarda e preservação dos bens culturais, que continuamente desaparecem ou são destruidos.

Reunimos nesta obra conferências e artigos divulgados em simpósios e revistas, em locais e épocas diferentes. Adaptamos alguns artigos e elaboramos outros para dar organicidade à seqüência.

Historiador
Moacyr Flores

Moacyr Flores é um ensaísta e historiador gaúcho nascido em 1935. É autor de mais de 20 livros, e estudioso da Revolução Farroupilha. Possui graduação em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e doutorado em História pela mesma universidade.

Análise do livro

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