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Autor: Anna Eliza Finger
Páginas: 466
Editora: Universidade de Brasília
Primeira publicação: 2010
Ano da edição: 2013
Idioma: Português
Este trabalho analisa o Patrimônio Ferroviário brasileiro produzido entre 1852 (início da construção da primeira linha) e 1957 (formação da Rede Ferroviária Federal – RFFSA), com enfoque na arquitetura de seus edifícios, dentro de uma perspectiva global de compreensão do acervo, considerando suas origens estrangeiras, o contexto histórico, econômico e social em que foi produzido no Brasil, e investigando suas características particulares, visando à produção de
uma base teórica e metodológica para sua análise e entendimento.
Para sua compreensão, foram pesquisadas as origens estrangeiras da tecnologia, relacionada ao contexto europeu pós-Revolução Industrial, estudando a formação dos programas de necessidades, partidos e tipologias, principais materiais e técnicas empregados, e a definição do caráter e linguagem desses edifícios.
De forma a compreender o que levou o Brasil a importar a tecnologia ferroviária, bem como os efeitos de sua implantação, foi analisado o panorama político e econômico do país durante o século XIX, suas relações com os países exportadores da tecnologia, seu papel no panorama sul americano, bem como seu perfil econômico e social, que influenciaram a implantação das linhas. Foram abordadas as leis existentes e criadas que viabilizaram as primeiras experiências, e os planos viários traçados para o país visando melhorar suas condições de articulação territorial, buscando compreender o papel desempenhado pelas ferrovias em cada momento em relação às estratégias políticas e econômicas estabelecidas para o país, e propondo uma periodização com base em fatos marcantes que tenham alterado os rumos da implantação da malha férrea no país. Baseado em pesquisas bibliográficas e inventários produzidos pelo IPHAN, foram selecionadas linhas construídas em todo o país em diferentes períodos, utilizadas como estudos de caso, identificando aspectos como a motivação de sua implantação, origem das companhias ferroviárias e capital investido, escolha do traçado e outras características específicas, indicando “elementoschave” (pátios, edifícios, obras de arte e equipamentos complementares) para sua compreensão,
além de outros que, por suas características arquitetônicas, merecessem atenção. A partir desses elementos, complementados por exemplos de edifícios de destaque construídos por outras companhias em outros locais, foram analisados os mesmos aspectos – programas de necessidades, partidos e tipologias, materiais e técnicas, caráter e linguagem –, buscando semelhanças ou diferenças entre a arquitetura ferroviária produzida no Brasil e seus referenciais estrangeiros, e procurando compreender as transformações sofridas por essa ao longo do período de análise
Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Santa Catarina (2001), especialista em Conservação e Restauro de Monumentos e Conjuntos Históricos, pela Universidade Federal da Bahia - UFBA (2004), Mestre (2009) e Doutora (2013) em Teoria, História e Crítica da Arquitetura pela Universidade de Brasília - UnB, com o tema Patrimônio Ferroviário Brasileiro. Servidora concursada do IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional desde 2006, como técnico em Arquitetura, tendo ocupado os cargos de Coordenadora de Gestão, Normas e Fiscalização (2009-2012) Coordenadora Geral de Cidades Históricas (2012-2014) e Coordenadora Geral de Identificação e Reconhecimento (2014-2016), ambos ligados ao Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização - DEPAM. Desde 2016 atua como Chefe da Divisão Técnica da Superintendência Estadual do IPHAN no Paraná.
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