Título traduzido: A Guerra do Peloponeso 431-404 a.C.
Autor: Philip de Souza
Coleção: Osprey - Essential Histories
Páginas: 96
Editora: Osprey Publishing
Ano da edição: 2002
Idioma: Inglês
O fato de até hoje essa guerra ser estudada, é uma prova do fascínio e do quanto eles podem ensinar sobre diplomacia, estratégia e tática. Este livro revela o lado mais sombrio da civilização grega clássica. Desde os terríveis efeitos da superlotação e da praga na população de Atenas, até a violenta luta civil que muitas vezes surgiu em cidades aliadas a Atenas ou Esparta, este volume oferece insights vívidos e às vezes perturbadores sobre o impacto da guerra nas pessoas que foram celebradas como as fundadoras da civilização ocidental.
Dr. Philip de Souza é um historiador galês nascido em 1964. Estudou História e Clássicos no Royal Holloway College, em Londres. Ele é o autor de diversos livros e artigos sobre a História Greco-Romana. Também é autor de O Mar na História: O mundo antigo, Piratas no Mundo Greco-Romano (ambos inéditos no Brasil) e diversas outras obras sobre a guerra na antiguidade clássica.
SOUZA, Philip de. The Peloponnesian War 431–404 BC. Oxford: Osprey Publishing, 2002.
Mais um livro da coleção Histórias Essenciais (Essential Histories) da editora Osprey, que visa apresentar resumos dos principais conflitos militares da História escritos por especialistas da área. Essa é uma obra ainda inédita no Brasil, como a maioria dos livros da editora Osprey.
A obra apresenta a História da Guerra do Peloponeso, o grande conflito que agitou a Grécia Antiga entre os anos de 431 e 404 a.C. Philip de Souza apresenta as principais fontes para a guerra: a obra de Tucídides e Xenofonte, e faz bastante uso do primeiro, sempre apresentando os comentários desse historiador ateniense, que é reconhecido por ser o primeiro historiador a utilizar um método de análise realmente crítico.
A obra mostra a situação política da Grécia desde a formação da Liga de Delos, durante os anos finais das Guerras Médicas, e a sua transformação no Império Ateniense, o que ocasionou uma tensão crescente entre as cidades gregas e eventualmente levou ao conflito.
O autor apresenta um resumo político e militar sobre as duas cidades inimigas: Atenas e Esparta, narra a violência do conflito em linhas gerais, e suas diversas batalhas e campanhas na Ática, na Sicília, no norte da Grécia, e nas ilhas do Egeu.
O livro segue uma ordem cronológia até a derrota ateniense em Siracusa (414), depois disso comenta outras questões e acaba não fazendo uma análise muito profunda dos anos finais do conflito.
Há dois capítulos especiais: "A Ship's Captain at war" (Um capitão de um barco na guerra) que descreve a organização militar e a situação dos mais ricos em Atenas a partir dos vestígios de um julgamento de um trierarca. Outro capítulo se chama "Hipaparete, an athenian citizen woman" (Hiparete, uma cidadã ateniense) que mostra a situação das mulheres durante o conflito a partir de algumas informações sobre a esposa de Alcibíades, um dos líderes atenienses.
Nas sete páginas finais, o autor faz um resumo muito rápido sobre os últimos anos do conflito e sobre a queda de Atenas. O cenário político pós-guerra é comentado em alguns poucos parágrafos.
As ilustrações do livro destacam três batalhas: Batalha de Mantinéia (418), Cerco de Siracusa (414), Batalha de Arginusae (406). Há planos esquemáticos de cada uma delas, mas o autor não faz comentários muito profundos sobre táticas de batalha, se retendo as questões políticas e dando uma visão mais geral das batalhas.
É uma obra interessante, há muitos mapas e ilustrações que contribuem para que o leitor forme uma visão mais ampla do cenário complexo da Grécia no século 5 a.C. Mas o fato da obra não seguir uma cronologia simples contribui para deixar as coisas um pouco mais confusas, nesse que já é um conflito bastante complexo.
Abaixo você confere o índice da obra:
Resenha escrita em 10/07/2019.
Moacir tem 37 anos e nasceu em Porto Alegre/RS. É graduado em História pela ULBRA (2008-12) e é o criador e mantenedor do site Apaixonados por História desde 2018.