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Pintura francesa do século 19 mostrando o médico Erasístrato de Ceos (século 3 a.C) um dos fundadores da Escola de anatomia de Alexandria. Pintor Alexandre-Charles Guillemot. Via Wikimedia Commons.
A medicina na antiguidade clássica era um conjunto de crenças, conhecimento e experiência. O que sabemos das primeiras práticas médicas baseia-se em evidências arqueológicas, especialmente de sítios romanos - instrumentos médicos, objetos votivos, selos de prescrição, etc. - e de antigas fontes literárias.
A maioria das evidências literárias é preservada em tratados atribuídos ao médico grego Hipócrates (c. 460-370 a.C.) e ao médico romano Galeno (c. 129/199-216).
Desde os primeiros tempos, os tratamentos envolviam encantamentos, invocando os deuses e o uso de ervas mágicas, amuletos e encantos. Vendedores de drogas, cortadores de raízes, parteiras, treinadores de ginástica e cirurgiões ofereciam tratamento e aconselhamento médico.
Na ausência de qualificações formais, qualquer indivíduo podia oferecer serviços médicos, e evidências literárias para a prática médica precoce mostram médicos trabalhando duro para distinguir suas próprias idéias e tratamentos dos de seus concorrentes. As raízes da medicina grega eram muitas e incluíam idéias assimiladas do Egito e do Oriente Médio, particularmente a Babilônia.
Os médicos freqüentemente viajavam de cidade em cidade, mas há poucas evidências que sugiram que eles fossem contratados para prestar assistência gratuita à população em geral. Em Roma, por exemplo, onde a medicina tradicional italiana competia com as importações estrangeiras, muitos médicos eram gregos.
Qualquer um poderia praticar a medicina, embora a maioria fosse de cidadãos livres. O treinamento médico na Grécia e Roma antigas podia tomar a forma de aprendiz para outro médico, participação em palestras médicas ou mesmo demonstrações públicas de anatomia.
Na Grécia e Roma antigas, Asclépio era reverenciado como o deus patrono da medicina. Dois dos mais famosos santuários de cura dedicados a esse deus estavam em Epidauro e na ilha de Kos. O sucesso do culto de Asclépio na antiguidade se deve à sua acessibilidade - embora fosse o filho de Apolo, ele ainda era humano o suficiente para tentar impedir a morte.
Aqueles que buscavam uma cura nos templos erguidos para ele eram submetidos a purificações rituais, jejuns, orações e sacrifícios. Uma característica central do culto e do processo de cura era conhecida como incubação, durante a qual o deus aparecia ao aflito em um sonho e prescrevia um tratamento.
Tradução de texto escrito por Colette Hemingway
Outubro de 2004
Moacir tem 37 anos e nasceu em Porto Alegre/RS. É graduado em História pela ULBRA (2008-12) e é o criador e mantenedor do site Apaixonados por História desde 2018.