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Povos germânicos em uma representação moderna, autor desconhecido.
Os rios Reno e Danúbio definiram as fronteiras do Império Romano na Europa continental, separando os cidadãos de Roma dos muitos povos que habitavam a Germânia, o termo romano para a área que se estendia até o norte da Escandinávia e até o leste do rio Vístula.
O Império nunca se isolou dos povos germânicos, que eles chamavam de bárbaros, recrutando-os como soldados para o exército romano e desenvolvendo laços comerciais e diplomáticos com seus líderes.
Desde a época de Júlio César, bárbaros haviam sido destacados para proteger as fronteiras romanas. A crescente força e alcance das forças armadas nos séculos posteriores do império exigiram a incorporação de um número cada vez maior de unidades bárbaras - conhecidas como foederati - no exército.
No século 4, cerca de 75 mil soldados estavam estacionados na província romana da Gália (França moderna), e a maioria deles eram germânicos. Muitos desses bárbaros retornariam com o tempo para sua terra natal, enquanto outros permaneceriam com suas famílias nos territórios romanos, alguns chegando aos mais altos escalões militares.
Os ritos funerários germânicos, distintos das práticas romanas, incluíam o enterro de armas e equipamento militar; assim, os bens funerários das sepulturas germânicas, dentro e fora das fronteiras do Império, oferecem uma rica evocação do dinheiro, presentes e insígnias militares, frequentemente elaboradamente decoradas, que o pagamento por esse serviço fornecia aos soldados. Eles também dão uma noção dos trajes distintos das mulheres bárbaras.
O Império desenvolveu laços diplomáticos com os governantes germânicos que ocupavam terras logo além das fronteiras, em um esforço para se proteger de bárbaros hostis ainda mais longe. Promessas de cidadania romana e apoio militar e econômico incentivaram os líderes bárbaros a ajudar seu vizinho rico, principalmente fornecendo tropas.
Tais acordos permitiram que bárbaros de alto status acumulassem grande riqueza, na forma de presentes de jóias do império e pagamentos em moedas de ouro. Estes, por sua vez, podiam ser usados para encomendar objetos de luxo de adorno pessoal com artistas locais.
Tradução de texto escrito por Melanie Holcomb
Outubro de 2002
Moacir tem 37 anos e nasceu em Porto Alegre/RS. É graduado em História pela ULBRA (2008-12) e é o criador e mantenedor do site Apaixonados por História desde 2018.