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Conteúdos dos capítulos do livro

Prólogo: a proa da Europa: Sobre a expansão marítima chinesa no século 15. O início da expansão portuguesa na África no século 15. O que estimulou a expansão: comércio e cruzada.

Parte 1 - Reconhecimento, a rota para as Índias

1 - O plano das Índias (1483-1486): Diogo Cão como explorador. O infante Henrique o Navegador. A invenção da Caravela. O mito do Preste João. Dom João II. Cristóvão Colombo em Portugal e as viagens de Diogo Cão.

2 - A corrida (1486-1495): A expansão portuguesa e a expedição de Bartolomeu Dias. Cruzamento do Cabo das Tormentas. A expedição por terra de Pero da Covilhã. O Tratado de Tordesilhas. Morte de Dom João II.

3 - Vasco da Gama (1495-1498): Assume Dom Manuel (o resto do livro é todo durante o reinado dele). A expedição para as Índias de Vasco da Gama. As naus e os canhões portugueses. Vasco da Gama na costa da África.

4 - "O diabo o carregue!" (1498): Vasco da Gama chega ao Oceano Índico. O comércio na região. Vasco da Gama na costa da África. A viagem até a Índia. Chegando a Índia. Vasco da Gama chega a Calicute e vai se encontrar com o samorim (rei).

5 - O samorim (1498-1499): O encontro com o samorim. As tensões e o medo de Vasco da Gama de uma conspiração dos mercadores muçulmanos. Primeiro confronto armado entre portugueses e indianos. Gaspar da Gama é capturado pelos portugueses. A volta para casa. Paulo da Gama morre no caminho de volta. A chegada de Vasco da Gama em Lisboa e o grande impacto da viagem.

Parte 2 - Competição: monopólios e guerra santa

6 - Cabral (1500-1501): A expedição de Pedro Álvares Cabral para as Índias. A descoberta do Brasil. A chegada às Índias. Novas tensões e conflitos com o samorim de Calicute. Guerra entre portugueses e indianos, muitos portugueses são mortos. A vingança portuguesa e o bombardeio de Calicute. Cabral faz aliança com a cidade de Cochim e outros reinos. Cabral volta para casa e chega em Portugal. A reação em Veneza à expansão portuguesa.

7 - O destino do miri (1502): Nova viagem de Vasco da Gama para as Índias. Vasco da Gama na costa da África. O massacre ao navio muçulmano Mari.

8 - Fúria e vingança (1502): Vasco da Gama na Índia. A violência dos portugueses em Calicute: enforcamentos e corpos esquartejados. O comércio português em Cochim. Samorim ataca os portugueses à noite, Vasco da Gama promete vingança.

9 - Posto avançado (1502-1505): Vasco da Gama retorna para Lisboa. Venezianos tentam conseguir apoio do sultão do Egito contra os portugueses. Afonso de Albuquerque chega à Índia. A construção do primeiro forte português nas Índias. Samorim ataca Cochim e é derrotado pelos portugueses. A riqueza em Lisboa graças ao comércio das Índias. A espionagem veneziana em Portugal.

10 - O reino da Índia (1505): Francisco de Almeida nomeado vice-rei na Índia. O caráter de colonização da expedição de Francisco de Almeida. A viagem da expedição pela costa africana.

11 - A grande meretriz da Babilônia (1505): A ideia portuguesa de cruzada contra os muçulmanos e a visão religiosa por trás da expansão. Veneza e o sultão do Egito contra os portugueses. Francisco de Almeida chega às Índias. Fortes de pedra construídos na Índia. A nova organização do império sob Francisco de Almeida.

12 - "O terrível" (1506-1508): Afonso de Albuquerque nomeado para ser futuro vice-rei das Índias. O incidente de Dabul. Os ataques de Afonso de Albuquerque no Mar Vermelho e no Golfo Pérsico. A deserção de parte da tripulação de Afonso.

13 - Três dias em Chaul (1508): A chegada da frota egípcia. Ataque aos portugueses. Batalha de Chaul e a derrota portuguesa.

14 - "A ira dos francos" (1508): Briga por carta entre Afonso de Albuquerque e Francisco de Almeida. A batalha de Dabul, massacre da população pelos portugueses. Frota portuguesa se encaminha para Diu.

15 - Diu (1509): A vitória portuguesa na Batalha de Diu. Francisco expulsa Afonso de Cochim. Afonso é colocado no cargo de vice-rei e Francisco morre na costa da África, quando retornava para casa.

Parte 3 - Conquista: o Leão do Mar

16 - As portas do samorim (1510): As ordens do recém-chegado Fernando Coutinho. O ataque a Calicute. Perdas pesadas para os dois lados.

17 - "Os portugueses nunca abrem mão daquilo que ganham" (1510): Afonso decide atacar Goa. A divisão do império português no Oriente. Mudanças na organização militar. A cidade de Goa e sua importância. Portugueses tomam Goa, mas acabam sendo expulsos logo depois.

18 - Prisioneiros da chuva (1510): Portugueses deixam a cidade de Goa, mas ficam presos pelas chuvas nas proximidades. Só no fim do capítulo retornam para Angediva.

19 - Os usos do terror (1510): Preparação de novo ataque a Goa e retomada da cidade. Política de casamentos mistos.

20 - Para o olho do sol (1511): Novo objetivo português: Malaca. O ataque português a Malaca. O navio Frol de La Mar e seu naufrágio após a tomada da cidade. Fernão de Magalhães.

21 - A bala de cera (1512-1513): Afonso retorna a Cochim. Goa é sitiada por muçulmanos mas o cerco é levantado pelos portugueses. A importância de Goa para o império português. Lidando com os reis locais. A riqueza em Lisboa.

22 - "Todas as riquezas do mundo em suas mãos" (1513): Ataque português ao Mar Vermelho com objetivo de enfraquecer o comércio dos muçulmanos.

23 - A última viagem (1513-1515): O governo de Afonso em Goa. Tentativa de assassinato. Afonso decide atacar Ormuz que está vivendo crise política. Portugueses tomam controle da cidade e constrõem forte de pedra. Afonso fica doente no fim da campanha e morre ao voltar para Goa.

Epílogo: "Eles nunca param num só lugar": O legado das conquistas portuguesas, e a mudança nas relações internacionais após a conquista do Egito pelo Império Otomano (1517).

Livros   >    Idade Moderna

Conquistadores Como Portugal forjou o primeiro Império global

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Capa do livro Conquistadores, de Roger Crowley
Informações técnicas

Autor: Roger Crowley
Título original: Conquerors
Páginas: 418
Editora: Crítica
Primeira publicação: 2015
Ano da edição: 2016
Idioma: Português

Sinopse

Por que o Brasil não foi descoberto por acaso? Como uma nação pequena e pobre desfrutou de um século de supremacia marítima, descobrindo rotas e novas terras? A partir de cartas, documentos inéditos e testemunhos oculares, Roger Crowley conta a história da ascensão rápida e espantosa de Portugal ao poder. Considerado pelo jornal The New York Times um proeminente historiador da Europa dos séculos XV e XVI, Crowley revela que Portugal se valeu, principalmente, da ousadia e da habilidade de seus exploradores navegantes. A descoberta da rota para a Índia, a campanha de conquista imperial sobre os governantes muçulmanos e a dominação do comércio de especiarias ajudaram a forjar o primeiro império global. Em Conquistadores, o autor dá vida às personalidades que construíram o império português. Personagens como o rei Manuel, “o Venturoso”, d. João II, “o príncipe perfeito”, o saqueador governador Afonso de Albuquerque e o explorador Vasco da Gama misturavam suas ambições particulares com os objetivos públicos do império, muitas vezes sofrendo perdas espantosas em busca da riqueza global.

Historiador
Roger Crowley

Roger Crowley é um historiador e escritor britânico conhecido por seus livros sobre história marítima. Ele estudou História na Universidade de Cambridge e viajou amplamente no Mediterrâneo.

Análise do livro
3/5 REGULAR

CROWLEY, Roger. Conquistadores. São Paulo: Planeta, 2016.

Conquistadores é uma obra que trata da expansão marítima portuguesa nos séculos 15 e 16. O livro se limita a um período de apenas 32 anos (1483-1515). Devido a esse recorte, a maior parte da história do império português é desconsiderada. Toda a história da expansão portuguesa na África - que começou em 1415 - é deixada de lado, assim como toda a história do império português após 1515. Esse livro trata apenas das primeiras viagens ao oriente, focando em quatro personagens principais: Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral, Francisco de Almeida e Afonso de Albuquerque.

Conteúdo do livro

Confira abaixo o conteúdo de cada capítulo do livro:

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Minha opinião sobre a obra

Em primeiro lugar é importante destacar: essa é uma obra voltada para o público geral, não para estudantes de história. É um livro para as massas. Embora Roger Crowley seja um historiador, ele não escreve como um. Seu livro parece ser escrito por um jornalista, e o autor não demonstra nenhuma preocupação em analisar estruturas ou falar de aspectos mais profundas da economia, da sociedade e da política. Ele apenas descreve os eventos em um formato que busca ser atraente para o grande público.

Essa é uma obra de história narrativa. O autor narra em ordem cronológica os eventos principais da expansão portuguesa entre 1483 e 1515. O livro é basicamente um resumo dos relatos escritos por cronistas da época. Alguns pontos da obra parecem uma cópia exata desses relatos, com o autor narrando cada batalha, cada morte, cada tempestade, cada caso de doença a bordo... A impressão que tive ao ler o livro é de que o autor não dedicou mais de duas semanas a escrever essa obra. Afinal ele apenas repete o que está nas fontes primárias, sem qualquer tipo de interpretação mais profunda, e sem dar qualquer tipo de satisfação sobre o contexto da época. São descrições de eventos e mais descrições de eventos.

A obra também tem outros problemas que são clássicas amostras de falta de seriedade:

  • O livro é bastante ilustrado, mas não há referências às imagens. Em nenhum lugar! Eu esperaria pelo menos uma lista de referência as imagens ao final da obra, mas nem isso. O importante é que o livro fique coloridinho para o público geral, que não se importa com o conceito de "referência".
  • As notas não são identificadas dentro do texto. Elas existem no final do livro, mas não há referência a elas dentro do texto o que torna a sua consulta mais difícil. Mas de qualquer forma, não há nada de útil nas notas, são apenas registros dos locais onde o autor tirou determinadas citações. Não há nenhum comentário de verdade nas notas.

A obra também conta com dois mapas no início: um mapa-mundi destacando a rota da viagem de Vasco da Gama e um que foca no extremo-oriente, com a Índia e as ilhas do Mar do Sul da China em destaque. No capítulo que trata da cidade indiana de Goa, também há um mapa mostrando a sua posição e os rios que a cercam. No quesito mapas, até acho que a obra está bem servida.

Também me chamou atenção o fato de que a tradutora (que chega a ser elogiada na contracapa do livro) não foi capaz de converter pés (a unidade de medida britânica usada pelo autor) para metros. Em pelo menos três ocasiões tive que fazer a conversão dessas medidas no celular.

Esse é um definitivamente um livro para quem gosta de ler ficção, pois parece um livro de ficção, só faltaram os diálogos. Livros de história não são descrições de eventos, são interpretações e análises de eventos e conjunturas políticas, sociais, econômicas e culturais. Os indíviduos são importantes, sem dúvida, mas muito mais importante do que narrar o que eles fizeram é tentar entender porque eles fizeram.

Comentei que esse livro parece ser escrito por um jornalista. Mas na realidade há muitos jornalistas que são capazes de escrever obras mais complexas do que essa. Lucas Figueiredo, por exemplo, é um jornalista que faz análises muito mais profundas dos eventos e das sociedades em que eles ocorreram. Ainda comete alguns errinhos na indicação de referências, mas até nas suas notas se percebe uma tentativa de comentar e analisar todos os detalhes.

Conquistadores se foca bastante nos grandes personagens históricos, especialmente nos reis portugueses e nos navegadores e administradores do império. As últimas 160 páginas (p.214-378) são praticamente uma biografia de Afonso de Albuquerque, que foi vice-rei das Índias entre 1509-1515. Eu até gosto de biografias, mas não se pode cometer o erro de atribuir todos os eventos apenas aos desejos de um único personagem. E esse é outro erro comum do autor.

Algumas pessoas vão ler essa obra e ficar muito satisfeitas. Não as culpo. Se o livro é considerado bom por alguns, é só porque o tema é muito interessante, e mesmo a incapacidade do autor não foi suficiente para produzir um livro chato, especialmente para quem tem interesse em ler essas histórias.

Há informações interessantes na obra, porque o tema é interessante e não porque o livro seja bom. O livro é definitivamente mal escrito, não há dúvida. O autor tem uma escrita confusa, uma dificuldade grande de estabelecer temas e de entender o conceito de introdução-desenvolvimento-conclusão. Simpificando: a obra é uma bagunça. O autor simplesmente não conseguiu decidir se falaria da expansão portuguesa, do império português ou da vida louca dos seus navegadores. O resultado não tinha como ser outro.

Infelizmente, esse livro me fez desistir do autor. Uma pena, pois tinha interesse no tema de outras de suas obras: o império Veneziano e o império Turco-otomano. Mas não posso mais perder meu tempo lendo outras obras dele.

Dei três estrelas para o livro porque, apesar de tudo, o tema da obra é interessante. Mas estou sendo muito generoso. A obra é ruim. Acredito que àqueles que tem interesse no Império Português aproveitarão muito mais os seguintes livros: O Império Colonial Português (1415-1825), de C.R.Boxer ou A Expansão Marítima Portuguesa 1400-1800, de Francisco Bethencourt. Ambos estão disponíveis na Library Genesis.

Conquistadores também está disponível para download na Library Genesis. Fotos da obra e as minhas anotações de leitura podem ser conferidos nos links acima dessa resenha.

Resenha escrita em 24/07/2022.

Foto do membro da equipe: Moacir Führ
Escrita por Moacir Führ

Moacir tem 36 anos e nasceu em Porto Alegre/RS. É graduado em História pela ULBRA (2008-12) e é o criador e mantenedor do site Apaixonados por História desde 2018.

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