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Autor: João Baptista Magalhães
Coleção: Coleção General Benício
Páginas: 328
Editora: Biblioteca do Exército Editora
Ano da edição: 1978
Idioma: Português
A exemplo da homenagem que prestou a Caxias — editando o livro de Affonso de Carvalho —, a Biblioteca do Exército honra a memória de Osório — editando o livro de J. B. Magalhães.
Trata-se de uma primorosa biografia, em que o autor eminente, um dos mais notáveis escritores militares, escrupuloso na pesquisa, erudito nos pormenores, exato na narrativa, cheio de justo entusiasmo pela personalidade do Herói, faz simultaneamente a reconstituição de sua vida e a história dos acontecimentos e das epopéias em que ela se situou, a um tempo cronista verídico e apologista fiel.
Do Marechal Manuel Luís Osório, Marquês do Herval, tínhamos o grande livro de seu filho, Fernando Luís Osório. Faltava porém o perfil a traços largos, iluminado com a documentação que noutros arquivos se conserva, visto do alto da crítica — e dos longes da perspectiva —, em função da época, instalado na amplitude do cenário, o homem e o meio, o personagem e a conjuntura (digamos com Ortega e Gasset), o indivíduo e a fortuna, para Caxias, a "estrela"; para Osório, a "lança", como o apreciou e reviveu o Coronel J. B. Magalhães (Livraria Agir Editora, 1946).
Esgotada há muito essa tiragem, impunha-se a reedição, tanto mais que a figura esplêndida do patrono da Cavalaria (soberbo cavaleiro no quadro romântico de suas admiráveis façanhas) resplandece sobre o pedestal dos monumentos, multiplica-se nos quartéis e nos livros, ganha novas dimensões no culto público, adquire finalmente a importância que atribuímos aos consolidadores da Pátria, dignificando-a através dos seus feitos.
Hoje, melhor do que antes, procura a consciência nacional os responsáveis pela grandeza, pela preservação, pelo desenvolvimento, pela autenticidade do Brasil.
Osório — na correta versão de J. B. Magalhães — ressuscita com as suas qualidades, os seus modos, a sua coragem, os seus serviços, o seu jeito, a sua ironia, até o seu lirismo — e a verdade, a enxuta verdade da sua existência dedicada, desde a adolescência, até à morte, às causas da Pátria.
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