Título traduzido: O Exército Espartano
Autor: Nicholas Sekunda
Coleção: Osprey - Elite Series
Páginas: 64
Editora: Osprey Publishing
Ano da edição: 1998
Idioma: Inglês
Embora a história inicial de Esparta não seja clara, no final do século 8 a maioria das outras cidades da Lacedemônia foi reduzida ao status de subordinado dela. Os Lacedemônios eram o único exército em tempo integral na Grécia antiga e eram, portanto, verdadeiramente uma força de elite. As instituições do Estado e o sistema de educação eram organizados com objetivo de criar soldados soberbamente treinados. Nick Sekunda examina esta máquina militar única neste livro descrevendo os sistemas organizacionais do exército espartano através do período helenístico, como eles foram treinados, as batalhas que eles lutaram e a sociedade que os produziu.
Nicholas Sekunda nasceu em 1953. Depois de estudar História Antiga e Arqueologia na Universidade de Manchester, ele fez seu doutorado em 1981. Ele participou de escavações arqueológicas na Polônia, Irã e Grécia e de um projeto de pesquisa sobre a antiga guerra persa para o Instituto Britânico de estudos persas. Sekunda publicou vários livros e artigos acadêmicos, e atualmente está ensinando no Instituto de Arqueologia e Etnologia em Torun, na Polônia.
SEKUNDA, Nicholas. The Spartan Army. Osprey: Oxford, 1998.
Mais uma resenha de um livro da editora Osprey, dessa vez sobre o exército espartano. Esparta era uma das cidades mais importantes da Grécia Antiga, era a grande potência militar e a única que contava com um exército em tempo integral. Seu papel nas Guerras Médicas contribuiu para a vitória grega contra os persas e, posteriormente, a vitória espartana na Guerra do Peloponeso marcou o início da decadência de Atenas.
O autor divide a sua obra em cinco partes:
A introdução da obra apresenta um panorama geral da sociedade e da política da cidade de Esparta. Também fala rapidamente sobre a 1° e a 2° guerras Messênias, e a participação de Esparta nas Guerras Médicas e na Guerra do Peloponeso.
A educação dos cidadãos espartanos, a condição dos hilotas e periecos. Os rituais e as práticas durante as campanhas militares.
Alguns argumentos sobre a roupa vermelha dos espartanos e uma apresentação da túnica, da capa, dos calçados, do cajado e do estilo de cabelo e barba espartano.
Uma descrição das principais armas usadas nas batalhas hoplitas pelos espartanos: lança, escudo, couraça, elmo, grevas e outros equipamentos auxiliares. Além de comentários sobre a questão logística e a alimentação dos soldados em campanha.
A cavalaria, os arqueiros e a infantaria leve no exército espartano.
A leitura do livro é muito agradável, é uma obra curta que vai direto ao ponto e apresenta muitos detalhes sobre a organização do exército, os soldados e as principais práticas de batalha dos espartanos. Além de destacar os motivos que levaram Esparta a ser tão respeitada, e tão temida, nas guerras da antiguidade.
O autor cita rapidamente a educação dos cidadãos e praticamente não fala da Agoge (regime de treinamento dos espartanos) e da Criptéia (polícia secreta de Esparta). Fiquei um pouco decepcionado com isso, mas no geral a obra cumpre o que promete.
O autor cita muitos autores antigos e apresenta situações que ilustram bem o caráter espartano e a sua cultura militar.
A obra apresenta 12 desenhos (plates) feitas por Richard Hook, e o autor tece muitos comentários sobre cada um deles. Essas ilustrações apresentam espartanos e armamentos de diversos períodos, e isso contribui para que fique claro a característica espartana de constante renovação, e inovação no campo militar. As ilustrações de Richard Hook presentes no livro são as seguintes:
Nicholas Sekunda é professor de História Antiga e já teve outras obras resenhadas ou publicadas pelo site. Entre elas estão livros sobre o Guerreiro Hoplita Grego, O Exército de Alexandre o Grande e sobre a Batalha de Maratona.
Resenha escrita em 01/08/2019.
Moacir tem 37 anos e nasceu em Porto Alegre/RS. É graduado em História pela ULBRA (2008-12) e é o criador e mantenedor do site Apaixonados por História desde 2018.