1 - O imigrante e a pequena propriedade no país dos latifúndios - Sobre o início da imigração no Brasil a partir de 1818, os principais números e as posições políticas de cada regime com relação ao tema. Os EUA como modelo de política de imigração. A posição dos cafeicultores paulistas sobre o tema. A tentativa do sistema de parceria e a revolta dos Parceiros de 1856. O conflito entre pequena propriedade e o interesse dos cafeicultores.
2 - A criação de núcleos coloniais e seu objetivo - Criação dos primeiros núcleos coloniais. Os alemães e açorianos. O papel dos colonos na pacificação do território diante de ataques de indígenas e espanhóis. Como a especulação das terras fez com que as piores terras fossem distribuídas entre os imigrantes. As principais queixas dos imigrantes e as dificuldades pelas quais passaram.
3 - A imigração e o "aprimoramento da raça" - O desejo do governo brasileiro de aprimorar a raça com o branqueamento da população. E a ideia de que asiáticos e africanos não dariam uma contribuição econômica tão significativa para o desenvolvimento do país, em comparação com o imigrante europeu.
4 - São Paulo: a pequena propriedade como isca para atrair imigrantes - A pequena propriedade e sua relação com os cafeicultores. A ideia da pequena propriedade como reservatório de braços.
5 - "No Brasil não há patrões... Em sua casa comanda o colono" - Quais eram os objetivos e desejos dos imigrantes no Brasil. Ligação do imigrante com a agricultura. O guia do imigrante para o império do Brasil de 1884.
6 - Os resultados - O imigrante no Brasil. As terras que recebeu, como se estabeleceu, a sua cultura, o seu desenvolvimento econômico, casos de fracasso e retorno para a Europa.
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Autor: Maria Thereza Schorer Petrone
Coleção: Tudo é História
Páginas: 90
Editora: Brasiliense
Ano da edição: 1982
Idioma: Português
Os tópicos do livro:
Maria Thereza Schorer Petrone (1929-2018) graduou-se em História na então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL-USP), em 1953, doutorando-se, também em História, pela mesma instituição onze anos mais tarde. Defendeu uma tese sobre a expansão e declínio da lavoura canavieira em São Paulo (1765-1851). possui graduação em História pela Universidade de São Paulo (1953). Escreveu principalmente sobre a imigração e a história econômica e social de São Paulo. Também possui um livro publicado sobre o Barão de Iguape e sua atuação como empresário no século 19.
PETRONE, Maria Thereza Schorer. O imigrante e a pequena propriedade. São Paulo: Brasiliense, 1982.
O imigrante e a pequena propriedade é uma obra sobre a imigração no Brasil, que se propõe discutir a atuação dos imigrantes em pequenas propriedades em oposição a atuação do imigrante nos cafezais paulistas, um tema que é mais comumente abordado. O livro faz parte da coleção Tudo é História, produzido pela editora Brasiliense, uma série voltada para o público universitário que apresenta introduções interessantes sobre diversos temas históricos.
Abaixo você confere o conteúdo de cada um dos capítulos do livro:
Exibir conteúdo dos capítulosA obra é curta e por isso tem uma quantidade bastante limitada de informações úteis. Mas também existe o problema de que a autora não parece ter pensado muito bem no que queria falar. O livro tem um linguajar confuso e desnecessariamente rebuscado, além de ser repetitivo em alguns momentos. A questão da pequena propriedade, sua função econômica e o conflito com os interesses dos latifundiários não são trabalhados de forma satisfatória.
No geral, o livro é mal escrito. Os livros da coleção Tudo é História costumam ser bons, mas qualquer coleção em que cada obra é escrita por um autor diferente, sofrerá com a má qualidade em alguns livros. Nessa obra, houve parágrafos que tive que ler várias vezes e ainda assim não consegui entender o que a autora queria dizer, pelo simples fato da escrita ser ruim.
O que chama mais a atenção é a qualidade do capítulo final, que é muito bem escrito. Até parece que foi escrito por outra pessoa. Um capítulo muito agradável de ler e que se dedica a descrever a vida dos imigrantes em detalhes. A qualidade desse capítulo é a única coisa que me levou a dar uma nota mediana para a obra.
Com relação as referências. Elas podiam ser melhores, há várias fontes primárias indicadas ao longo da obra que não são possiveis de ser identificadas. Embora a obra seja de caráter introdutório, isso não é desculpa, sempre acho esse um dos maiores crimes que um autor pode cometer. Se você é autor, e acha que um Regulamento de 1922 no Rio Grande do Sul merece ser citado, faça tudo que for possível para que aja boas referências que permitam que o leitor encontre mais informações sobre o dito regulamento!
Minha posição final é que vale a pena ler apenas o último capítulo do livro. Os demais realmente não trazem informações muito relevantes, além de serem mal escritos. Para ter acesso a todos os dados da obra consulte as minhas anotações de leitura, no link acima desse resenha.
Essa obra está disponível na Library Genesis. Quem tiver interesse em saber informações detalhadas sobre o conteúdo do livro também pode conferir as fotos da obra no menu lateral.
Resenha escrita em 16/09/2024.
Moacir tem 37 anos e nasceu em Porto Alegre/RS. É graduado em História pela ULBRA (2008-12) e é o criador e mantenedor do site Apaixonados por História desde 2018.