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Conteúdos dos capítulos do livro
Tema e periodização - Baseado em seu desenvolvimento industrial, o autor divide a história do Brasil em períodos. Apenas o período entre 1500-1930 será tratado no livro.
Brasil e o pacto colonial - Sobre a indústria brasileira no período colonial.
O Estado Nacional - Sobre a indústria brasileira entre 1822-1850.
Sob o signo do progresso - Sobre a indústria brasileira entre 1850-1888.
Artificialismo e realidade - Sobre a indústria brasileira entre 1888-1914.
Substituição de importações - Sobre a indústria brasileira entre 1914-1930.
Autor: Francisco Iglésias
Coleção: Tudo é História
Páginas: 88
Editora: Brasiliense
Ano da edição: 1985
Idioma: Português
De que forma se desenvolveu a atividade de transformação da matéria-prima pelo homem? Como se deu a passagem da produção artesanal para a industrial? A indústria na verdade, é um processo que começou com os índios e a colonização portuguesa, até obter lugar definitivo na economia, na sociedade e na política brasileira. De forma direta e objetiva, este texto tenta captar este processo evolutivo de toda a história da produção industrial do século XVI ao atual.
Francisco Iglésias (1923-1999) foi um historiador brasileiro. Respeitado intelectual, destacou-se especialmente pelos estudos sobre a história econômica e social dos séculos 19 e 20. O seu estilo primoroso faz de seu texto um modelo literário.
IGLÉSIAS, Francisco. A Industrialização brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1985.
A Industrialização brasileira é uma obra sobre a história do desenvolvimento da indústria no Brasil. O livro faz parte da coleção Tudo é História, produzido pela editora Brasiliense, e é de autoria de Francisco Iglésias que também escreveu uma excelente obra sobre a Revolução Industrial.
Antes da nossa resenha, confira abaixo as informações contidas em cada capítulo do livro:
Exibir conteúdo dos capítulosA primeira coisa que chama atenção na obra é a estranha limitação temporal feita pelo autor. Todos nós sabemos que o grande período da industrialização brasileira começou a partir de 1930 e a indústria se fortaleceu a partir das décadas de 1940, 1950 e 1960. O autor, entretanto escolheu contar apenas a história da industrialização brasileira antes disso, no período que vai de 1500 a 1930. Talvez o título mais apropriado para a obra fosse "Os primórdios da industrialização brasileira".
O livro também misturou muitos temas, ao invés de falar apenas da indústria, a obra acabou sendo um apanhado geral da história econômica, da questão do trabalho, da moeda e da agricultura. O autor também deu bastante destaque para as relações internacionais e a sua influência na política industrial brasileira. Logo, pouco se falou realmente sobre a indústria.
Diferente de outras obras do autor, achei sua escrita nesse livro um pouco confusa. A leitura passa a sensação de um texto apressado. Talvez o autor tenha escolhido um tema amplo demais para uma obra tão curta, ou talvez o problema seja a visão mais ampla que citei acima. Como o autor falou de muitos temas a obra acabou ficando extremamente superficial
Mas mesmo assim, algumas informações interessantes podem ser aproveitadas e há vários trechos muito bons. Um trecho interessante da obra está presente nas páginas 85/86, quando o autor explica, de forma superficial, as dificuldades burocráticas que impediram a criação de uma siderúrgica nacional durante a República Velha.
Para quem busca uma obra mais completa, há o livro de mesmo nome escrito por Sonia Regina de Mendonça, essa obra também apresenta um panorama geral, mas foca mais no período que realmente importa, que é 1930-Atualidade. Pretendo ler e resenhar essa obra nos próximos dias.
Essa obra está disponível na Library Genesis em pdf. Quem tiver interesse em saber informações detalhadas sobre o conteúdo do livro pode conferir minhas anotações de leitura e as fotos da obra, links para ambos na tarja acima dessa resenha.
Resenha escrita em 09/04/2023.
Moacir tem 37 anos e nasceu em Porto Alegre/RS. É graduado em História pela ULBRA (2008-12) e é o criador e mantenedor do site Apaixonados por História desde 2018.
