Autor: Arnon de Mello
Coleção: Edições do Senado Federal
Páginas: 180
Editora: Senado Federal
Primeira publicação: 1933
Ano da edição: 2018
Idioma: Português
Relato sobre a Revolução Constitucionalista de 1932 feito por Arnon de Mello (1911-1983), enviado como repórter ao front para cobrir a guerra fraticida. Como testemunha ocular, o jornalista, mais tarde governador de Alagoas e senador, narra e comenta os aspectos bélicos, políticos e toma depoimentos de combatentes. Para o autor, perdida a guerra, São Paulo impôs sua visão democrática e apontou para o modelo desenvolvimentista. Arnon de Mello conclui que São Paulo venceu a guerra ao superar o confronto e mostrar ao Brasil seu processo rápido e vitorioso de industrialização, ao mesmo tempo que “esmagado militarmente, obrigou, porém, os ditatoriais ao apelo às urnas”. Pressionado, o governo de Getúlio Vargas convocou a Assembleia Nacional Constituinte, em 1934, que promulgou uma nova Constituição. Desta maneira, a luta dos paulistas não foi em vão e representou uma “vitória”, mesmo perdendo a guerra.
Os historiadores e pesquisadores sociais têm aqui mais um elemento para compor o quebra-cabeça da Revolução de 30 que levou Getúlio ao poder. Às diversas versões e análises sobre o período, vale incorporar o depoimento de quem buscava relatá-lo de forma impessoal, vivenciando os fatos, registrando-os num diário frenético e sob condições pouco favoráveis. O desenrolar do embate entre a democracia e um governo autoritário, visto por um jovem idealista, perspicaz observador, resultou neste livro que ora o Conselho Editorial do Senado recoloca em circulação para fazer jus à bibliografia sobre a época.
Arnon Afonso de Farias Melo (1911-1983) foi um jornalista, advogado, político e empresário brasileiro, pai do ex-presidente do Brasil Fernando Collor de Mello. Estudou em Maceió até mudar-se para o Rio de Janeiro em 1930 onde trabalhou como jornalista em A Vanguarda, jornal fechado pela Revolução de 1930. Advogado formado pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1933, trabalhou no Diário de Notícias e nos Diários Associados antes da graduação e após esta trabalhou na Associação Comercial do Rio de Janeiro e também no Diário Carioca e em O Jornal. Em 1936 assumiu a direção da Gazeta de Alagoas e foi membro do conselho diretor da Associação Brasileira de Imprensa. Como político, foi deputado federal, governador de Alagoas e senador.
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