Autor: Hipólito José da Costa
Título original: Narrativa da perseguição de Hippolyto Joseph da Costa Pereira Furtado de Mendonça … prezo, e processado em Lisboa pelo pretenso crime de framaçon ou pedreiro livre
Coleção: Edições do Senado Federal
Páginas: 133
Editora: Senado Federal
Primeira publicação: 1811
Ano da edição: 2009
Idioma: Português
Hipólito José da Costa conta que o Tribunal o mantinha incomunicável e submetia-o a sevícias morais e psicológicas. Pedro Braga, no prefácio, escreve: “O seu ‘crime’, que, aliás, não estava tipificado como crime em nenhum diploma legal, era o de ser pedreiro-livre, ou maçom, filiado em uma loja situada no estrangeiro. Os inquisidores queriam assimilar tal fato à heresia e condená-lo por isso.” Hipólito da Costa, fundador do jornalismo brasileiro, deu provas de grande força moral ao enfrentar com altivez seus algozes. Este livro, além de dramático relato de uma injustiça em nome da religião, é uma contundente defesa das liberdades públicas, aí compreendida a liberdade de consciência.
Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça (1774-1823) foi um jornalista, maçom, diplomata brasileiro e patrono da Academia Brasileira de Letras. Nascido na Colônia do Sacramento, então domínio da Coroa portuguesa, Hipólito era filho de família abastada do Rio de Janeiro. Após Sacramento ser devolvido à Coroa espanhola em 1777, sua família instalou-se em Pelotas/RS. Fez os seus primeiros estudos em Porto Alegre, concluídos em Portugal, na Universidade de Coimbra, onde se formou em leis, filosofia e matemática (1798). Depois de formado atuou como diplomata da Coroa portuguesa nos EUA, México e Inglaterra. Viveu nos Estados Unidos por dois anos onde, em Filadélfia, veio a ingressar na maçonaria, o que influenciou a sua vida posterior.
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